quinta-feira, 5 de outubro de 2017

derrotas e vitorias

Que a vida é feita de pequenas vitórias e derrotas, isso todo mundo sabe! O que acontece, muitas vezes, é que não sabemos muito o que fazer com as derrotas todas que se acumulam dia-a-dia na nossa bagagem.
Claro que cada um tem uma estratégia do que fazer com isso!! Eu tenho, como saída, me virar pra dentro de mim mesma, relembrando as conquistas! E se tem uma coisa que eu posso falar que conquistei nessa vida, são pessoas importantes pra essa minha vida! E todas as lembranças que elas me trazem!
Cartas, bilhetes, fotos, presentes, lembranças,viagens... pessoas!!
Que vcs saibam de todos os bilhetes e presentes guardados e do tanto que isso alimenta meu coração!!
Nenhum aprovado na UFJF! Aparentemente, ngm é físico suficiente pra eles =)


sexta-feira, 24 de março de 2017

A primeira vez

O corpo dele já não respondia por si
mas teve força para abraçá-la
Aproveitando-se desse estado de semi-consciência
ela sussurrou no seu ouvido
E
u
a
m
o
v
o
c
e
.
Ele, com os olhos fechados, dizia não entender
Ela, satisfeita, não queria ser entendida.
"- Boa noite, lindo"
Abraçou-a. 
Aconchegaram-se.
Ela, no lugar mais seguro do mundo
Ele, dormindo, falou:
E
t
a
m
b
é
m.
O coração dela acelerou, uma lágrima escorreu
E eles dormiram como se fosse a primeira vez.

quinta-feira, 23 de março de 2017

Tão linha, tão nó

Eu, talvez, me assustava com a ideia
antes,
de cara.
Logo eu, tão lisa.
Foi costura rápida até para quem sabia costurar
E para mim, que me furava toda vez, 
um pouco mais.
Ontem, ainda, linha.
Hoje, nó.
Todos os dias eu me perguntava, se eu sabia se-lo.
E, apesar da convicção de saber ser costurada à tantas pessoas,
assim, amarrados, eu não tinha certeza.
Logo eu, tão linha.
De tecido em tecido, deslizava por estampas diversas.
Botões coloridos
de casas diferentes
Logo eu, tão linha ontem
Hoje, tão nó.
Nós.
Logo eu, tão nós, 
a partir de hoje,
por decisão,
por mais 80 anos.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Quando um dia não vai muito bem

Ontem queria ter conseguido expressar cada gota de sentimento que brotou em mim.
Não consegui.
Parece que todos eles se transformaram em lágrimas, involuntariamente.
Contrariando qualquer razão, elas impediam que as palavras saíssem da boca e faziam os olhos falarem mais do que eu, talvez, quisesse mostrar.
Escrevo, então, para que o meu próprio corpo não seja meu próprio espelho.
Ontem, logo ontem, aconteceu tudo o que eu mais adiei para meus pais. Envolver família em relacionamento foi um passo que eu nunca quis dar por achar que isso é um selo de seriedade que eu não queria.
Com você, eu quis. Por tudo o que temos construído, eu quis. Por tudo o que temos nos tornado quando somos nós, eu quis muito! Mas não quis adiantar nada. Talvez eu tenha me enganado no tempo e me precipitei. Peço desculpas se pareceu insistência de minha parte que acontecesse o encontro entre meus dois mundos preferidos (você e eles). Tomei o cuidado para não parecer que eu queria isso mais do que parecia, porque, de fato, eu nunca quis com ninguém. E acho que me atrapalhei entre o "nunca querer" e "querer pela primeira vez".
Ontem, justificando minhas lágrimas, foi difícil ver em cada uma das suas palavras que o seu querer era tão longe do meu. Por isso, insisti em dizer que não fiquei brava. Claro que não! Não teve nenhum motivo.
Mas era como se eu tivesse traído a mim mesma. Logo eu, que nunca quis apresentar nenhum namorado para os meus pais, quando quis, tive esse retorno de sentimento. E, se nunca eu quis com qualquer outro que fosse uma obrigação, com você seria muito longe disso.
Fiquei triste com o que aconteceu, mas fiquei muito mais triste comigo mesma. E, cada lágrima, era dessa tristeza que emanava.
Queria que você soubesse. Talvez porque isso signifique que você é especial. Talvez porque a expectativa que eu coloque em você é responsabilidade só minha e queria, com esse texto, retirá-la das suas costas.
Que tudo possa voltas a sua normalidade. Sem mais cobranças.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Sobre felicidade

"A tristeza é a nossa maior musa".
Um dia escutei essa frase de um amigo, sobre como ele se sentia mais inspirado quando estava triste.
Pensei em como eu era sobre escrita e cheguei a conclusão que não era diferente comigo. Percebi, entretanto, que minhas inspirações eram baseadas não só nisso. Acompanhavam angustias e medos, incluindo as descobertas de um caminho desconhecido.
Mas em pouco tempo parecia que eu não estava mais numa terra tão nova e, num piscar de olhos, eu já podia saber o que poderia te deixar bravo ou feliz.
Foi incrível essa velocidade toda.
Assustadora também! O que me fez, mês a mês, escrever um pouco das descobertas sobre deixar de ser "eu" para virar "nós".

E, se a tristeza é a maior inspiração, talvez hoje eu esteja feliz demais pra sair alguma coisa bem escrita. Mas eu queria deixar registrado essa felicidade toda, daquelas que fazem o coração dar uma palpitada e uma certa sensação de ter um coração maior do que o peito pode suportar.

Que comece o ano, com tudo o que ele promete de emoções.

Cuidado

Era provável que ela nem soubesse o significado da palavra cuidar.
Não sabia receber cuidado porque sempre fora dona de si.
Não sabia até aqueles dias, mas ele insistiu.
Se ela falava "- Não precisa!"
Ele não dava bola.
Era teimoso, como ela.
E, todos os dias, ele cuidava um pouco mais.
Até o dia que ela acordou não sabendo mais como era antes,
ou melhor,
acordou não querendo mais ser tão dona de si.
Era, agora, um pouco dele também.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

cabeça-coração

Fazia tempo que o coração não batia assim.
Era como se tudo acontecesse ao mesmo tempo,
arrepio, medo, culpa, amor, desejo.
Mas a vontade era agarrá-lo ali mesmo, 
na frente de todo mundo.
Tudo isso borbulhando na cabeça,
explodindo no coração
e se mostrando em cada gesto.
E mesmo assim, uma serenidade no olhar
Dele.
Meu.
Dava medo só de pensar no que significava tudo aquilo,
mas parece que o coração já tinha resolvido o que fazer
e batia acelerado
todo dia
o dia todo.